Projetos multiuso: solução para “fechar a conta” nos Strip Malls
- RODRIGO PALERMO
- 25 de mar. de 2019
- 2 min de leitura
Por Marcos Saad Sócio-diretor da MEC, especializada em desenvolvimento, consultoria e gestão de strip centers Estou cada dia mais convencido da mudança no modelo dos Strip Malls. Desde o aquecimento da economia no período de 2008 a 2013, todos acompanhamos a escalada de preços dos terrenos. Nos últimos anos, vários imóveis industriais, flats, escritórios e residenciais sofreram redução de valor, aproximando-se atualmente dos valores históricos, porém o mesmo não tem ocorrido com os terrenos localizados nos grandes centros urbanos, pois eles guardam a memória dos valores irreais daquele período de alta demanda. Esses fatores, somados à nova realidade da redução dos aluguéis praticados pelas redes varejistas, têm dificultado o desenvolvimento de Strip Malls nas capitais, ao menos comparando com o ritmo com que vinham sendo implementados. Como tenho ressaltado em meus textos, os projetos multiuso, caracterizados pelos empreendimentos compostos por centros comerciais (strip malls, power centers e shopping centers) e torres (residencial, escritório e hotel), têm sido uma alternativa inteligente para “fechar a conta”, gerando taxas de retorno mais atraentes para empreendedores e investidores, melhores resultados para os varejistas e melhores serviços para os usuários/consumidores. Tal resultado ocorre por fatores evidentes, dentre os quais destaco:
Maior aproveitamento do potencial construtivo do terreno;Geração de tráfego e consequente alavancagem nas vendas;Incremento nas receitas indiretas (mall & merchandising e estacionamento.Existem algumas poucas empresas com expertise e focadas neste segmento, já que isso implica em maior capital, know-how e estrutura. Um vetor importante para o qual temos nos direcionado na nossa empresa são as cidades de médio porte que comportam este modelo. Temos desenvolvido o masterplan em terrenos de 20.000 m2 a 30.000 m2, que permitam uma implantação modular ao longo de alguns anos, de acordo com a demanda que o mercado venha a apresentar. É essencial que o mix deste modelo seja fiel aos segmentos de conveniência, serviços, alimentação e entretenimento, de forma a atender ao mesmo público de um shopping center convencional em outro momento de consumo, sem o intuito de concorrer com ele. A equação jurídica para a boa convivência e para evitar o surgimento de conflitos e problemas futuros tem que ser melhor estruturada. A gestão predial e operacional tem que contar com profissionais experientes para gerar um resultado satisfatório a usuários e consumidores. Todos os envolvidos têm que se conscientizar que, com a nova realidade da nossa economia, por meio de taxas de juros menores, e previsão de crescimento modesto do PIB nos próximos anos, os empreendimentos no Brasil têm se aproximado do ciclo praticado nos países desenvolvidos, com maior dimensão, taxas de retorno mais modestas e prazos de implantação mais longos. O mercado é cíclico e, para concretizarmos empreendimentos bem sucedidos, temos que utilizar a criatividade para nos adequarmos às mudanças, sempre buscando nichos a serem explorados. Isso é o que tenho presenciado e praticado em minha trajetória ao longo dos 30 anos em que atuo neste mercado.
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